segunda-feira, novembro 17, 2008

1981 por Rafaella Gomes


Olá, meu nome é Rafaella e hoje venho contar uma história que marcou para sempre a minha família....Meus pais eram padrinhos do casamento religioso da minha prima Maria Isabel que marcou a data do casamento para 31/10/1981. Estava tudo certo para acontecer o casamento, meus pais nesta época moravam no Itaim Bibi, junto com as minhas três irmãs, Gabriela, Patrícia e Daniela. Como o casamento aconteceria na Matriz do Santo Antônio, eles acharam melhor se arrumarem na casa minha avó paterna que sempre morou aqui em Osasco. Minhas irmãs ficaram prontas primeiras, e aproveitaram para brincar com filhos do vizinho, que eram da mesma idade e se davam muito bem. Estes vizinhos eram muito bacanas e de extrema confiança da família, sempre muito prestativos, naquele dia eles pediram para meus pais se poderiam levar as minhas irmãs até igreja, meus pais naquela muvuca para se arrumar para o casamento, e sabendo que eram de confiança, permitiram.Como eles não tinham carro, meu pai deu a chave do carro dele, para o vizinho, minha mãe comentou que a Patrícia tinha esquecido o sapatinho na casa da minha tia Maria Luiza, que morava no Jardim D’Abril, eles se prontificaram a passar na casa da minha tia para pegar o sapatinho e seguiriam para igreja.Só que na hora que estavam passando em cima da ponte do córrego Bussocaba, uma forte chuva arrastou o carro para córrego, imagino o desespero de todos que se encontrava naquela Variante, todos morreram, por ironia do destino meus pais passaram pelo carro de bombeiros quando seguiram para igreja, quando os dois pisaram o pé na Catedral, minha avó paterna, gritou do altar: Tono aconteceu alguma coisa com as meninas, meus pais naqueles momento se desesperaram, o casamento aconteceu da pior maneira possível ninguém ainda sabia ao certo que tinha acontecido, meus pais foram junto com corpo do bombeiros, procurar os corpos, acharam o carro, mas ninguém estava dentro, foi uma semana de muito sofrimento, até achar os corpos da minhas irmãs. Meus pais tiveram muita força e aceitaram com resignação a fatalidade. Nunca perderam a fé. Eu admiro demais os dois por nunca se culparem e aceitarem que Deus naquele dia queria minhas irmãs. Quando eu nasci em 17/08/1982 eles falam que renasceram. Os dois continuam firmes e fortes com 36 anos de casados.

quinta-feira, novembro 13, 2008

Meu Avô Materno por Daniel Felix

Eu me lembro como se fosse ontem, meu avô vivia contando essas histórias de caçador para mim na infância. Então lá vai ....

O nome do meu avô era Arlindo Ferreira Monteiro nascido em 05/07/1905 em Amparo - São Paulo. Ele se mudou para Osasco - São Paulo e começou a trabalhar na fábrica de fósforo Granada onde se aposentou com 35 anos de trabalho. Casou-se e teve 6 filhos.

Seu hobby era caçar, com seu cunhado, sobrinhos e filhos, caçavam onde hoje é o Alphaville, e era caça grande...Paca, Nhambu, Jacu, e ate Jaguatirica.
Além de caçar, ele fazia relatórios de caça como quantos tipos de pássaros ou caça, quantos tiros dados e perdidos, etc. Em suas férias em julho, que é tempo de caça, acampava na mata e ficava ali toda as férias, fazia armadilha, caçava também cigarras, para o diretor do granada, que colecionava insetos, e eles com muita experiência nomeavam as espécies novas e as cobras que ele encontravam para levar ao Butantã para retirar o veneno para fazer soro.
Mudou-se para Santos, depois da sua aposentadoria. Lá caçava muita rã. Suas caças, assim como pássaro ou rã, eram sempre para alimentar a família. E nas minhas férias minha mãe foi com ele na mata e viu ele matar uma cobra cascavel. E como de costume, quando os netos vieram levou-nos também, mas desta vez, para caçar rã e acampar .... Muito boa estas lembranças ....


quarta-feira, novembro 12, 2008

Uma Breve História de Vida por Rogério Pereira


Meu nome é Rogério, nasci no ano de 1981 na periferia de Osasco. Nasci em uma família humilde no Jardim Veloso e por lá vivi por muitos anos. Como muitas crianças, meu sonho era ser jogador de futebol, passei anos da minha vida me dedicando ao futebol, disputei muitos campeonatos, joguei fora do Brasil, mas aos 17 anos acabei desistindo, este mundo era muito difícil e eu queria trabalhar para ter minhas próprias coisas. Então recebi um incentivo da minha mãe para fazer colégio técnico em informática, fui com meus amigos prestar vestibular no ITB, estava indo muito bem na prova, mas quando chegou na redação, ah a redação, fiz com muito cuidado e carinho mas quando eu virei a folha havia três temas para eu escolher, é, eu não vi, havia escrito um tema que não estava entre as opções disponíveis. Tudo bem, acabei prestando vestibular em outra escola longe dos meus amigos e fazendo o colégio técnico em Eletrônica. Foi assim que eu comecei minha carreira profissional, trabalhei com manutenção de aparelhos eletrônicos e depois foram longos 5 anos trabalhando com telecomunicações, trabalho externo, pegando muito trânsito, muita chuva e alguns assaltos também, mas não posso reclamar, me diverti muito!
Chegou a hora de decidir uma faculdade, e como não havia dado certo o colégio técnico em informática, resolvi prestar vestibular em informática e passei. Foram anos difíceis, trabalho e estudo, estudo e muita cola para passar naquelas matérias, que para mim era de outro mundo. Porém estava decidido que eu queria mudar de área. Foi então que iniciei minha busca a um estágio abrindo mão do meu serviço até então estável, afinal já eram quase 5 anos.
Só que desta vez foi mais difícil, com muita persistência descolei uma oportunidade de entrevista, pois eu não tinha nenhuma experiência. Era assim: 1ª semana curso de lógica com prova no final classificatória, 2ª semana curso técnico também com prova classificatória e final. Mas vamos lá, eu ainda tinha um serviço e último ano da faculdade. Então vejam como é o destino: No serviço surgiu oportunidade de cobrir férias de um companheiro no horário noturno, abracei a oportunidade. Trabalhava de noite, curso de dia e a faculdade, aff nem me lembro, mas alguns dias cheguei a dar uma passada por lá. Então ia para curso, ficava até mais tarde para estudar (pois não estava nada fácil), passava na faculdade, ia para casa, comia, tomava banho, ia para trabalho, fazia o básico, cochilava, trabalha mais um pouco, dormia ... hehehehehe, acordava e ia para o curso, final de semana: estudava mais um pouco ... e assim se passaram três semanas até eu conseguir a vaga de estágio. Pedi demissão do meu antigo trabalho com maior orgulho. Bem, me formei na faculdade, estudo na Pós Graduação e sou analista de sistemas com muito orgulho e gosto muito de minha profissão ! Esta é minha história.

Um Sonho de Menina por Eliete



Aos meus nove anos era uma estudante do primário e também tinha muitas responsabilidades em fazer parte do conservatório de Ballet Clássico em uma das melhores escolas de São Paulo, para me tornar uma bailarina profissional.
Eu vivia a vida normalmente, e todos os anos havia uma confraternização com grande espetáculo de encerramento do ano letivo.
Todos os alunos que estudavam no conservatório tinham que pagar sua fantasia do espetáculo para participar da apresentação.
Só que naquele ano a situação financeira dos meus pais estava muito complicada, não poderiam comprar uma fantasia para eu participar do evento.
Mas eu tive uma grande idéia... na minha casa tinha um quintal bem amplo com algumas árvores frutíferas.
Quando eu vi que as árvores estavam carregadas de frutas, com Laranja e Tangerina, poderia fazer uma colheita de tangerina e vender para os vizinhos e levantar o dinheiro e poder participar do espetáculo.
Com alguns pensamentos na cabeça conversei com minhas irmãs, e elas falaram: grande idéia, iremos te ajudar a fazer a colheita vamos vender para os vizinhos só que o detalhe é que nossos pais não poderiam saber.
Naquele dia não havia aula na escola então eu e minhas irmãs esperamos nossos pais sairem para trabalhar e começamos com o plano.
Bem foi um grande sucesso a venda pela vizinhança, o dinheiro que conseguimos deu para pagar a fantasia.
Só que ficamos com muito medo que nossos pais pudessem brigar com a gente, mas a única coisa que eles falaram é que isso não poderia ocorrer sem autorização, mais foi uma grande idéia que eu tive.
Com isso eles ficaram muito orgulhosos, pelo fato da nossa união por um grande objetivo, e isso nos mostra que nunca devemos desistir de um grande sonho
.

Show Linkin' Park por André Paiva

A minha situação é a seguinte...

Adoro a banda Linkin’ Park, e no dia 11 de setembro de 2004 eles vieram tocar aqui no Brasil, no estádio do Morumbi. Combinei com no mínimo umas 10 pessoas de irmos ao show. Na hora todos deram certeza mas, conforme o dia do show foi chegando, muitos foram desistindo e sobramos apenas um amigo e eu.

No dia do show esse meu amigo descobriu que mais 2 ou 3 amigos dele iriam, e acabamos indo com eles...

Logo na entrada compramos camisas do Linkin’ Park para entrar no estilo... (Risos)

O show foi maravilhoso, com a abertura do Charlie Brown Jr., que também fez um show perfeito. Sinceramente, não da pra dizer qual show foi melhor. Nesse dia o Charlie Brown Jr. gravou um DVD do show, que fiz questão de comprar, e me emociono até hoje quando o vejo.

Enfim, após o show de abertura entrou o Linkin’ Park, e foi muito louco, foi a primeira e única vez que senti um Estádio balançando, é uma sensação incrível...

Após o show estávamos todos destruídos, mas mesmo assim os amigos do meu amigo queriam passar num barzinho para tomarmos alguma coisa, então começamos a procurar um barzinho em São Paulo para irmos...

Finalmente encontramos um barzinho pequeno, mas que estava completamente lotado, e como gostamos de “muvuca” decidimos entrar nesse mesmo...

Quando entramos estava tocando um som ambiente, se não me engano era música eletrônica, até então tudo bem... Percebemos que algumas pessoas estavam olhando pra gente de um modo estranho, mas não tínhamos idéia do porque... Continuamos tomando a nossa cerveja...

De repente um grupo de senhores com óculos na testa subiu ao palco. Só então percebemos onde estávamos, num barzinho de pagode... Aquilo foi horrível, não podíamos aceitar, tínhamos acabado de sair de um show de rock maravilhoso e estávamos ouvindo pagode...

Então, começamos a parodiar algumas músicas, inclusive uma que cantamos até hoje e, descobrimos que é muito fácil criar letras de pagode. Fomos nos empolgando, cantando e rindo muito...

Quando nos demos conta do que estávamos fazendo foi um pouco tarde demais... Já estávamos rodeados de pagodeiros, todos querendo nos matar... (Risos)

Alguns chegaram pra conversar, perguntando o que estávamos fazendo ali, se não gostávamos do som... Tentamos inventar várias desculpas, que só estávamos nos divertindo e tal, mas os pagodeiros não estavam muito dispostos a ouvir...

Bom, só sei que no final, tivemos que sair escoltados por seguranças da casa, senão teríamos sido linchados aquele dia...

terça-feira, novembro 11, 2008

Show Mutcho Doido por Juliano Vilar

Desde pequeno tenho uma admiração enorme, um gosto muito grande pela cidade de São Paulo. Talvez porque a maioria da família more em São Paulo, Sampa para os mais descolados, e também pelo fato de passar as férias escolares sempre na capital.


Sempre tive um gosto musical diferente, um estilo pesado, muito rápido, visual para maioria das pessoas, claro que leigas, macabro também para se intitular como Death Black Thrash Metal, queria o que?


Pois bem, certo ano, numa férias inusitada, tudo arrumado, vamos para sampa.

Sempre temos alguém na família com quem nos identificamos mais, algum primo ou tio. E não é diferente comigo, meu primo “Zé” também gostava de curtir um bom Heavy Metal.


Não tínhamos nada de interessante para fazermos aquele final de semana, e como sabemos, mente vazia, casa do capeta. Dito e feito, meu primo, que conhecia sampa, muito mais que eu, claro, teve uma excelente idéia. Vamos para uma casa especializada para o público Heavy Metal.

Muito contrariado pelos meus pais e quase toda a família, o que iríamos fazer, mesmo assim fomos. Não tínhamos carro, portanto, fomos de busão, como todo bom banger, não poderia ser de outra forma.


Chegamos então até o esperado lugar, também, meu primo havia feito tanta propaganda do lugar que até fiquei ressabiado. Mas adentrando ao evento, vi que a coisa era muito melhor que eu imaginava e também do que ele falava. Curtimos muito o lugar, havia apresentação de algumas bandas que tentavam seu lugar ao sol no cenário heavy de sampa, desejando o tão esperado sucesso. Bandas muito boas, bom som, outras nem tanto.


Ficamos até a casa fechar, curtimos muito, conhecemos algumas bandas pessoalmente, e claro, que não podia faltar e nunca faltou a mulherada. Sempre aparecia uma loca afim.
Beleza vamos embora então, disse meu primo, já é tarde da noite. Dirigimos-nos para o ponto de ônibus e lá ficamos esperando a bumba.


Quando sem mais nem menos, um estrondo, “Bum”. Estávamos cansados e sonolentos, levamos um susto enorme. Até nos situarmos, outro “Bum”, ficamos mais assustados ainda, quando nos demos conta que havia um grupo de punks do outro lado da avenida, tacando pedras em nós. E conforme as pedras acertavam aquelas portas de ferro, o som parecia de tiros.

Só me lembro do meu primo gritando e me puxando pelo braço, “Corre, corre....”, e claro corremos muito, e os punks atrás de nós, tacando o que podiam.

Até que tivemos a brilhante idéia de entrarmos no primeiro buteco que víssemos pela frente, não deu outra, dobramos a esquina, e lá estavam eles, com alguns bebuns na porta, nem pedimos licença, fomos logo adentrando e pulando para dentro do balcão do bar.

O barrado ferveu no buteco, foi porrada para todos os lados, sobrou até para quem não tinha nada a ver. Claro que a coisa terminou, quando alguém gritou, “Polícia.....”, outra coisa engraçada, nuca vi punk correr tanto.

Ao final das contas, conseguimos chegar em casa, vivos, mas estrupiados. Fomos dormir, descançar um pouco, afinal das contas, estávamos literalmente mortos.

No almoço, quando sentamos a mesa, foi aquele espanto, “Meu Deus, o que foi que aconteceu com vocês?”, nossa, demos a desculpa mais esfarrapada do mundo, eu havia falado que tinha caído da cama, pois estava com a boca toda ferrada e meu primo havia falado que tinha batido a cabeça no trinco da janela, pois ele tava com uma puta brecha no coco.

E todos se mataram de tanto dar risadas dos dois “Heavy Metaleiros” de araque.

Foi muito divertido, uma baita de uma lição de vida.

segunda-feira, novembro 10, 2008

O Coelhinho da Páscoa por Melissa Joyce




Após tentar relembrar vários “causos” da minha vida, me recordei de uma experiência que tinha quando pequena durante os domingos de Páscoa.
Acho que até quase os dez anos, acreditava que o Coelhinho da Páscoa realmente existia...Também, desde as minhas primeiras lembranças, no sábado à noite (véspera de Páscoa), eu, meus irmãos e meu pai, fazíamos arapuca para pegar o coelhinho.
A arapuca era montada da seguinte forma: picávamos vários pedacinhos de pão, onde um pedacinho era amarrado numa linha e na outra ponta dessa linha era amarrado um garfo, esse garfo apoiava uma bacia, deixando-a em pé.
Segundo a historia do meu pai, do sábado para o domingo de Páscoa, o coelhinho saia com muita fome, e parava para comer o pãozinho, quando ele engolia o pão que estava amarrado na linha, o garfo caia derrubando a bacia em cima dele de modo que o coitado do coelho ficasse preso. De ficar muito nervoso, ele botava vários ovinhos de chocolate e depois se transformava em chocolate também... Claro que esse não era um coelho comum... Ele era mágico e só saia na véspera da Páscoa. Nem preciso dizer que pegávamos a família toda de coelhos, os grandes, pequenos, pais, filhos, ovinhos... E a diversão era muito grande, dando um sabor muito mais a doce aos nossos domingos de Páscoa.
Sem duvida nenhuma as minhas Páscoas da infância, foram muito mais felizes do que as de hoje, e acreditar nessa história mágica e ter essa aventura uma vez por ano, fez toda a diferença... E um dia, quando tiver meus filhos... Com certeza faremos a mesma arapuca para capturarmos um coelhinho da Páscoa que sempre tornou minha vida mais especial.

O Assalto por Veronica Alencar

Olá, meu nome é Veronica, nasci em Osasco e sou filha do Sr Alencar e da Sra Filomena...

Sou formada em Processamento de Dados e atualmente estou cursando MBA em Gestão da Qualidade de Sistemas de Informação. Hoje irei compartilhar uma história curiosa que aconteceu comigo... Espero que goste!!!


Recentemente estava voltando do trabalho, na Santa Cecília, para minha casa, em Osasco. Era um sábado à tarde, dia de jogo do “Curíntia”, e para desviar do trânsito da região do Pacaembu, peguei a Avenida Sumaré.
Tudo estava lindo, o vidro do carro totalmente aberto por causa do forte calor, e o som no “último” tocava Los Hermanos. De repente, um garoto de aproximadamente 12 anos, morador de rua, parou ao meu lado com uma garrafa de vidro e disse alguma coisa.
Eu não entendi bem o que ele havia dito por causa da música que estava tocando, mas de qualquer forma eu lhe disse que não havia nenhum trocado. Após mais duas tentativas por parte do garoto em fazer-me entender algo eu baixei o som.

Finalmente consegui entender o que ele estava dizendo. Com uma voz um tanto que embriagada– deve ter cheirado cola até dizer chega – ele me disse:
– Não “tô” pedindo, não. “Tô” te assaltando.
Nessa mesma hora eu pensei, porque esse maldito farol demora tanto para abrir?
Com R$ 15,00 no bolso, e um grande dilema, tive que pensar no que fazer. Meu carro estava na reserva e precisava colocar combustível, minha conta no banco não tinha nada, o cartão de crédito estava estourado e, para ajudar, eu precisava trabalhar no dia seguinte (que seria um domingo e feriado).
Imaginando aquela garrafa entrando na minha cara (acho que iria doer um pouco) não tive dúvidas, peguei o dinheiro e dei pra ele.
Quando pensei que o pior já havia passado, o garoto viu o meu celular sobre o painel do carro. Novamente ele olhou para mim e disse:
– “Aê” tia. Passa esse celular aí também, mano!
Nesse momento eu olhei para ele indignada, e com um desabafo do que mais me doeu naquela fatídica situação, eu disse:
– Tia é o C$%@$#%!!!!!
Por sorte o farol abriu e eu arranquei com o carro. Se ele estivesse na minha frente tinha passado por cima dele...
Depois de um tempo me lembrei que esse mesmo garoto havia me parado e como não tinha dinheiro, dei um lanche para ele.
Agora ele me chama de TIA?!?! Sinceramente esse mundo está perdido!!!

Clique no link abaixo e veja essa história também no You Tube.
http://www.youtube.com/watch?v=UEJcPsLi2E4

domingo, novembro 09, 2008

A Festa por Wellington Pimentel

Durante o meu terceiro colegial eu e mais três amigos, Marcio (meu primo), Ronaldo (meu tio) e o Giovani (Amigo) saíamos todas as sextas e sábados para beber e paquerar a mulherada.

Chegamos a fazer algumas festas nas casas de algumas colegas, mas a única que fiz na minha casa ficou na história da turma.

Na minha casa, era muito difícil fazer uma festa, pois minha mãe sempre foi rígida e não gostava de bagunça, mas um dia ela e meu pai resolveram viajar e passar o fim de semana fora. Deixaram para me avisar momentos antes de saírem e deixaram o meu irmão que tinha 11 anos, tudo isso para dificultar o planejamento de qualquer bagunça.

Nesta época eu trabalhava e estudava a noite, estava no terceiro colegial. Ao chegar na escola conversei com o pessoal e logo resolvemos fazer uma festa no sábado a noite, espalhamos para os colegas da nossa sala.

No sábado levei meu irmão para a casa da minha avó e fui para a organização da festa. Fomos comprar o necessário para uma boa festa (120 garrafas de cerveja ”long neck”, alguns litros de vodka e vinho) e fomos para a minha casa.

Chegando em casa, para começar resolvemos desmontar a sala, nesta tinha o sofá a estante aonde minha mãe sempre teve muitos objetos pequenos e decorativos, duas mesinhas e em cima de cada um vaso de planta, pegamos tudo isso, gravamos suas posições, e colocamos tudo dentro de um quarto. Na sala ficou apenas o som, colocamos as cervejas para gelar, preparamos as bebidas para a mulherada “vodga com fanta” e espanhola (vinho, leite condensado. . .) e aguardamos a chagada do colegas da sala.

Próximo do horário combinado a campainha tocou, quem seria o primeiro a chegar? Eu e meu primo fomos atender, quando abrimos a porta para nosso espanto era minha tia, que morava a duas quadras, ela perguntou da minha mãe, eu a informei que ela havia viajado e me arrisquei perguntando se ela queria entrar, por sorte ela disse que não e foi embora.

Deu o horário combinado começou a chegar o pessoal, mas para o nosso espanto começou a chegar muita gente, até pessoas que não conhecíamos, nossos colegas haviam convidado os colegas deles que convidaram outros, nossa, a casa estava cheia, o som no último volume, estava bom demais, o melhor de tudo é que eu morava em cima de uma padaria e não tinha vizinhos próximos.

Como eu disse acima nós havíamos comprado muita bebida, mas nada de comida, então resolvemos comprar pizza na padaria, eu nem sei quantas foram.

Deu certo horário a padaria já estava fechada, as meninas já estavam alegres e dançando, a festa estava muito boa, o pessoal bebia a cerveja e ao invés de jogar as garrafas no lixo, eles estouravam as garrafas de long neck na rua.

Umas cinco horas da manhã o pessoal começou a ir embora, eu e os meus três amigos ainda ficamos com algumas meninas até umas seis horas quando foram embora e a festa acabou.

Cada um de nos caímos em um canto e dormimos até umas dez horas, quando fomos acordados pela campainha, todos assustados, quem seria? Quando fui verificar eram algumas meninas perguntando se teria festa naquela noite novamente, ufa que susto. Convidei-as para ajudarem na limpeza, e é claro que elas saíram correndo.

Bom já que havíamos levantados, ainda meio embriagados, pegamos uma cerveja cada um e fomos para a limpeza. O trabalho era grande, na cozinha o chão estava forrado de massa de pizza, para se ter uma idéia, tivemos que utilizar espátula para retirar a crosta de pizza do chão. Meu tio pegou uma mangueira e começou a tacar água no chão da sala que era de taco (madeira), ainda bem que vimos a tempo de ele molhar toda a sala. Depois de algumas horas limpando toda aquela bagunça montamos a sala, tentando colocar todos os objetos em seu devido lugar, pois minha mãe era bastante detalhista e perceberia qualquer mudança em seus objetos. Por fim ficou tudo arrumado e tudo em seu lugar. Todos foram embora e eu fui buscar meu irmão.

No final da tarde quando minha mãe chegou, ao entrar na sala ela percebeu o nosso único erro, invertemos os vasos de planta que ficavam em cima das mesinhas na sala. Ela não comentou nada apenas falou para o meu pai que algo havia ocorrido. Passado algumas semanas o dono da padaria brincando com o meu pai comentou sobre a festa de arromba que ocorrera e quando seria a próxima, ai nos falamos de todos os detalhe que ocorreram e até hoje quando lembro desta história para minha mãe ela me diz “ Você terá filhos . . . ”.

Contato Imediato por Leandro Francisquete


Muitas pessoas podem ter suas crenças e preconceitos sobre o assunto, e eu respeito isso, mas é inegável o que vi há aproximadamente 20 anos atrás, apesar de parecer que tivesse ocorrido há apenas 1 semana, e que ainda insiste em permanecer em minha memória.

Eu acredito que, em sua imensidão, o universo é morada de outros seres, e que como nós, terráqueos, podem ter suas limitações, mas que também podem ser criaturas bem mais evoluídas.

Não estou querendo entrar no mérito de que essas criaturas tenham cabeças desproporcionais ao tamanho do corpo ou que possuam grandes olhos vermelhos. Não, estou apenas querendo expressar meus sentimentos a respeito do que penso, e pelo que vi naquela distante noite.

Estava passando férias escolares na casa de minha avó materna, em Tatuí, interior paulista. Era uma noite tranqüila, estrelada, e por algum motivo estava chegando na casa de uma tia. Para não dizerem que estava com alucinações, inventando estórias, tenho uma testemunha, uma prima, que chegava comigo naquele exato momento.

Desde criança me interessei por OVNIs, mas morria de medo de ETs, especialmente aquele do filme do Spielberg. E como uma criança interessada, vivia olhando para o céu em busca de algo.

E, finalmente, naquela noite veio a grande recompensa, um OVNI. Discretamente colorido, com luzes da cor vermelha, azul e verde, flutuando lentamente do lado oeste da cidade rumo ao leste.

Naquele momento nem eu, nem minha prima pudemos emitir qualquer tipo de som, fazer qualquer movimento. Ficamos paralisados, atônitos. Só pudemos "voltar a si" no momento que o objeto iluminado atingiu o horizonte.

Muitos podem dizer que foi apenas um balão, ou qualquer outra coisa que sempre inventam para iludir as pessoas, mas eu, em minha concepção, acredito que aquilo foi um "contato imediato de primeiro grau".




Minha Brasília "Amarela" por Rudney Martins


Olá, sou o Rudney Martins, filho de Valdemir e Hilda. Sou casado com a Viviane e tenho um Filhinho de três meses, o Pedro. Nasci em Osasco, SP.
Atualmente trabalho na àrea de Qualidade e Consultoria em Sistemas ERP. Sou formado em Administração e no momento estou cursando MBA em Qualidade de Sistemas de Informação na UNIFIEO.

E quero compartilhar uma história com Vocês...

Havia uma famosa Brasília amarela na minha família, parecida com aquela cantada na famosa música dos Mamonas Assassinas, que não era bem amarela, e sim bege – mas isto fica para outra estória. O que vale mesmo é o apelido carinhoso dado a brasoca, embalado, principalmente, pelo auge do sucesso dos Mamonas Assassinas.

Tudo começa em uma viagem de férias de minha harmoniosa família – meu pai, minha mãe, meu irmão e eu – com destino a cidade de Bauru, interior de São Paulo.

Inicialmente, tudo estava ótimo. Muita alegria, muitas bagagens, música no último volume e pé na estrada. Estávamos na Rodovia Castelo Branco com a brasoca a todo vapor.

Como de costume em toda viagem, meu irmão e eu sempre tirávamos uma soneca após 15 minutos de estrada. Até aí tudo tranqüilo... só que eu comecei a ter um pesadelo horrível. Nele, eu estava dentro de um prédio tomado pelo fogo e com muita fumaça por toda parte, eu mal conseguia respirar.

Acordando aliviado por ser só um sonho, me assusto com a mesma fumaceira que havia em meu sonho. Fiquei desesperado. Pensei comigo, a brasoca está em chamas também.

Imediatamente meu pai encosta o carro no acostamento. Meu irmão, desesperado, sai correndo para o meio da pista. Eu tive que pegá-lo pelos colarinhos.

Após nos acalmarmos, descobrimos que a causa daquela fumaça era a mangueira do óleo que havia rompido. Nada melhor que aquele jeitinho brasileiro para resolvermos o problema e seguir viagem novamente.

Seguimos até o posto mais próximo onde um mecânico graduado em gambiarra melhorou ainda mais o desempenho do carro, de maneira que conseguíssemos chegar até Bauru.

Já em Bauru, um outro mecânico “consertou” o carro. Acredito que esse sim, era pós-graduado em gambiarra, porque no caminho de volta para São Paulo, após uns 180 Km rodados a brasoca voltou a apresentar o mesmo problema.

Bom, quem já teve Brasília sabe, se tem uma, é porque não tem dinheiro, nem para pagar um guincho. Assim, chamamos um amigo de Bauru para nos socorrer, e ele foi, com seu caminhão baú.

Percebemos que a brasoca cabia direitinho no caminhão, e sem pensar duas vezes, tomamos a unânime decisão, colocar o carro no baú do caminhão. Mas o problema passou a ser o de encontrar uma maneira de colocar o carro naquele baú.

Por sorte, encontramos um posto que possuía uma rampa. Mandamos ver, colocamos a Brasília no caminhão e seguimos para São Paulo. Minha mãe e a esposa do nosso amigo estavam dentro da Brasília. Eu, meu irmão, meu pai e nosso amigo na frente. Até então, havia sido minha maior aventura.

Chegamos em São Paulo por volta das 03:00 da manhã, e outro problema, retirar a Brasília de dentro do baú do caminhão.

Nossa imaginação estava tão aguçada que passamos por cima daquele problema facilmente. Nosso amigo estacionou o caminhão com a traseira para um barranco que tinha a altura exata do caminhão, pegamos um banco de uma praça que serviu como uma “ponte” e tiramos a Brasília lá de dentro.

É claro que tudo isso aconteceu rapidamente, pois imagina um guarda aparecendo naquele exato momento.O importante é que de uma forma e de outra conseguimos chegar sãos e salvos em casa e com uma tremenda aventura para contar pelo resto de nossas vidas.

Clique no link abaixo e veja essa história também no You Tube.

http://www.youtube.com/watch?v=_09t-8ZhI5c

A Defensora do Lar por Carla Carreira


Esta estória ocorreu há alguns anos, dentro da minha casa mesmo.

Eu devia ter em torno de 15 anos e minha irmã 12. Morávamos em uma rua com características bem residenciais. As casas eram bem próximas uma das outras, e a maioria geminada. Era daquelas ruas que os vizinhos tinham os telefones de todos os moradores e, quando ouviam um barulho estranho, era comum ligarem pra saber se estava tudo bem.

Eu tinha uma cachorrinha da raça Fox Paulistinha, alguns dizem que não é uma raça e, sim, uma "praguinha". Realmente ela era bem chata, tinha uns 40 cm de altura mas se achava a própria “defensora do lar”. Latia pra tudo: pipa, helicóptero, passarinhos, sombras na parede. Bom, quem tem cachorro sabe reconhecer se o latido é sério, ou se está latindo só para perturbar. Na maioria das vezes era só para perturbar.

Um dia, meus pais saíram à noite para ir a uma festa e minha irmã e eu ficamos em casa. Por volta das 23:00, escutamos um barulho no quintal e minha cachorra começou a latir. Desta vez o latido não era para perturbar. Escutamos mais um barulho, como se alguém tivesse tropeçado em um dos vasos do quintal, e minha cachorra correu para um canto, entre a parede e a porta da sala. A impressão nítida é que ela havia encurralado alguém ali.
Nossa sala tinha 2 portas, daquelas que tem a opção de abrir a porta toda ou só o vidro para o ar circular, uma que dava para o quintal, onde o “invasor” estava encurralado e a outra que dava para a garagem.

O fato é que, eu e minha irmã não sabíamos o que fazer. Nisso o vizinho do lado, que também estava sozinho e devia ter a nossa idade gritou perguntando se estava tudo bem. Nós só respondemos, “não sei, acho que tem alguém no meu quintal”. Pedimos para ele tentar ver se da casa dele ele conseguia ver algo, mas com o escândalo que minha cachorra estava fazendo até ele ficou com medo de abrir a janela para ver.

Eu pensei, “temos que chamar alguém”. Mas eu não queria abrir a porta que dava para a garagem, com medo de ter alguém ali também. Enfim, pedi para minha irmã ligar para a nossa vizinha da frente, a Adelina. Qual era a idéia, ela ver se tinha alguém na garagem ou na porta da sala, para que eu pudesse abri-la pra chamar alguém para ver o que estava acontecendo no quintal.

Minha irmã foi correndo para o telefone, mas ela ligou para a primeira Adelina que encontrou na agenda de minha mãe. Escutei-a falando que era a Sandra, a vizinha. A mulher não conseguiu identificar quem era Sandra... Aí ela explicou, “sou a filha da sua vizinha de frente. Tem alguém no meu quintal e eu preciso de ajuda. Estou com medo de abrir a porta...e...desligou”. Ela desligou porque se deu conta que tinha ligado para a pessoa errada, mas esqueceu de um detalhe, avisar que tinha ligado errado. Até hoje não sei se esta tal de Adelina foi acudir algum vizinho ou se chamou a polícia.

Enquanto ela estava no telefone, pedindo ajuda para a vizinha que não era a nossa, a campainha tocou. E o medo de ser algum ladrão só esperando eu abrir a porta. Hesitei em abrir a porta ou o vidro. Nisso alguém grita lá de baixo, “é a Adelina! Está tudo bem ai?”

Ufa, mesmo ligando pra Adelina errada a certa veio nos socorrer.

Eu abri o vidro da porta e vi que estava ela, a filha Suzy e o genro Carlos. Eu expliquei, “acho que tem alguém no meu quintal”. Ela responde na hora, “abre aqui que o Carlos vai dar uma olhada pra você”. Achei linda essa relação de sogra e genro.

Abri o portão e todos entraram. Eu realmente tinha que ter tirado uma foto, todo mundo olhando para a porta, sem reação. Nisso meu vizinho foi até a garagem dele e pulou o muro para minha casa... Agora era mais um olhando para a porta. E do outro lado da porta minha cachorra latindo muito.

Bom, o Carlos era o único adulto homem, sendo assim, todos passaram a olhar para porta e para ele, esperando uma reação.

Ele decidiu que não iria abrir a porta, mas o vidro, para que pelo menos conseguíssemos ver quem estava encurralado entre a parede e a porta.

Muito lentamente ele abriu o vidro... Primeiro bem pouquinho... Depois criou coragem e empurrou o vidro para que abrisse completamente... 5 segundos depois um gatinho dá um pulo e consegue ir para o muro do vizinho. Este era o nosso invasor.







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http://www.youtube.com/watch?v=6IDk4kB6O-Y

quarta-feira, novembro 05, 2008

A Mulher Maravilha por Alessandra R. Ribeiro


Olá, eu sou a Alessandra, e tenho uma lembrança da minha infância para compartilhar com vocês...

A lembrança mais engraçada da minha infância, eu ainda estava na segunda série...kkkk...tinha 7 para 8 anos de idade. Eu tinha uma bicicleta vermelha e morava numa rua que era descida e tinha umas amigas na rua do lado... a rua debaixo terminava em um terreno abandonado. Como de costume, eu descia correndo (no máximo que a bicicleta dava), fazia a curva na esquina e subia a rua delas que era subida, por isso que embalava bem. Naquele dia, eu desci "à toda" e um cachorro passou pela minha frente. Meti a mão no freio e o cabo de aço quebrou... Quem disse que eu consegui fazer a curva? Minha bicicleta foi para o outro lado da rua e bati com o pneu da frente na sarjeta do outro lado. Perdi as contas de quantas vezes eu vi o horizonte mudando do céu para a terra e vice-versa, então, fui parar cerca de 5 metros da sarjeta. Aí chamaram minha mãe e ela foi me pegar...eu não tinha quebrado nada, mas como voei como a mulher maravilha, caí de cara no chão e me ralei toda, até o nariz. Minha mãe me deu banho e ardia tudo porque eu estava toda ralada, depois ela pôs mercúrio cromo vermelho nos machucados... Até hoje eu lembro da molecada da segunda série me zoando do meu nariz pintado de vermelho... Parecia um palhaço anão.

HAHAHAHAHAHHA É engraçado, mas ardia pra burro!!!

O Sobrevivente – por Vinicius Souza Barbosa

Bem, eu tinha cerca de 22 anos de idade e estava parado com o carro em frente a casa da minha namorada, atual esposa. Era por volta das 23 horas e estávamos terminando uma conversa iniciada no caminho para a casa dela. Coisa de 2 minutos. Foi o suficiente para sermos assaltados.

Ela morava em uma casa de esquina e, conseqüentemente, sem visão da rua perpendicular a esta.

Foi então que surgiu o assaltante, já com a arma em punho, pedindo carteira e relógio.

Não me opus. Imediatamente retirei o relógio do pulso e entreguei a ele. Em seguida, entreguei também a carteira.

Não contente, o meliante me pediu para descer do carro.

Enquanto eu descia, minha namorada aproveitou a oportunidade e guardou em sua bolsa o meu celular que estava no console central do carro.

Ao descer do carro, falei para ela descer também.

Ele disse que não.

Naquele instante me passou diversas coisas pela cabeça e eu respondi que se ele queria o carro, poderia levá-lo, mas ela ficava. Então ela desceu também e se manteve do outro lado do carro.

Ele não reclamou. Tomou o meu lugar no assento do motorista e eu fiquei de pé ao seu lado. Fizemos esta troca de posições, mas desta vez, a porta do carro estava aberta.

Nesse instante, o assaltante passou a arma da mão direita para a mão esquerda, no intuito de dar a partida no carro. Mas o motor do carro não ligou, devido a um alarme instalado nele.

Naquela hora, vi a oportunidade de reagir, pois a arma estava na mão esquerda do assaltante e ele estava focado em tentar roubar o carro.

Na fração de segundos em que pude reagir, também me veio à mente pensamentos do tipo “é melhor não reagir” ou “não olhe para o bandido”, que sempre ouvimos.

Pois bem, não reagi. Ele tentou dar a partida mais uma vez e desistiu.

Eu ainda estava parado, de pé, ao seu lado e a porta do carro aberta. Foi quando o desumano voltou a arma para a mão direita, virou-a para a minha direção e atirou.

Foi um barulho ensurdecedor. Com o susto do estalo, caí na calçada. Vi o bandido dar o seu primeiro passo sobre mim e sair andando calmamente.

Após uns 5 segundos, o zumbido começou a diminuir e eu levantei.

Minha namorada perguntou se estava tudo bem e reclamou do bandido ter atirado (supostamente para cima, pois eu havia levantado).

Naquela hora, senti que algo estava escorrendo pelo meu rosto e ao passar a mão para verificar o que era, constatei... Era sangue! O tiro havia atingido minha cabeça e eu não senti.

Minha namorada começou a gritar desesperada.

Com aquele barulho todo, saíram o pai, a mãe e o irmão dela para ver o que estava acontecendo. Então logo todos ficaram desesperados, pois escorria muito sangue.

Percebi que de todos que estavam ali, eu era a pessoa menos abalada.

Diante disso, com receio de acontecer um acidente, resolvi eu mesmo ir até o hospital. Peguei uma toalha, enrolei na cabeça e fui para o hospital mais próximo. Minha namorada me acompanhou.

Chegando ao hospital, ela foi tratar da documentação na recepção enquanto eu fui para o atendimento de emergência.

Graças a Deus, o tiro foi de raspão e não chegou a perfurar o crânio. Isso me rendeu 21 pontos na cabeça.

Para finalizar, agradeço ao “cara lá de cima” por estar vivo e me arrependo de não ter reagido, pois fui julgado, sentenciado e executado pelo marginal. Ainda bem que não era a “minha hora”.

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