segunda-feira, novembro 10, 2008

O Assalto por Veronica Alencar

Olá, meu nome é Veronica, nasci em Osasco e sou filha do Sr Alencar e da Sra Filomena...

Sou formada em Processamento de Dados e atualmente estou cursando MBA em Gestão da Qualidade de Sistemas de Informação. Hoje irei compartilhar uma história curiosa que aconteceu comigo... Espero que goste!!!


Recentemente estava voltando do trabalho, na Santa Cecília, para minha casa, em Osasco. Era um sábado à tarde, dia de jogo do “Curíntia”, e para desviar do trânsito da região do Pacaembu, peguei a Avenida Sumaré.
Tudo estava lindo, o vidro do carro totalmente aberto por causa do forte calor, e o som no “último” tocava Los Hermanos. De repente, um garoto de aproximadamente 12 anos, morador de rua, parou ao meu lado com uma garrafa de vidro e disse alguma coisa.
Eu não entendi bem o que ele havia dito por causa da música que estava tocando, mas de qualquer forma eu lhe disse que não havia nenhum trocado. Após mais duas tentativas por parte do garoto em fazer-me entender algo eu baixei o som.

Finalmente consegui entender o que ele estava dizendo. Com uma voz um tanto que embriagada– deve ter cheirado cola até dizer chega – ele me disse:
– Não “tô” pedindo, não. “Tô” te assaltando.
Nessa mesma hora eu pensei, porque esse maldito farol demora tanto para abrir?
Com R$ 15,00 no bolso, e um grande dilema, tive que pensar no que fazer. Meu carro estava na reserva e precisava colocar combustível, minha conta no banco não tinha nada, o cartão de crédito estava estourado e, para ajudar, eu precisava trabalhar no dia seguinte (que seria um domingo e feriado).
Imaginando aquela garrafa entrando na minha cara (acho que iria doer um pouco) não tive dúvidas, peguei o dinheiro e dei pra ele.
Quando pensei que o pior já havia passado, o garoto viu o meu celular sobre o painel do carro. Novamente ele olhou para mim e disse:
– “Aê” tia. Passa esse celular aí também, mano!
Nesse momento eu olhei para ele indignada, e com um desabafo do que mais me doeu naquela fatídica situação, eu disse:
– Tia é o C$%@$#%!!!!!
Por sorte o farol abriu e eu arranquei com o carro. Se ele estivesse na minha frente tinha passado por cima dele...
Depois de um tempo me lembrei que esse mesmo garoto havia me parado e como não tinha dinheiro, dei um lanche para ele.
Agora ele me chama de TIA?!?! Sinceramente esse mundo está perdido!!!

Clique no link abaixo e veja essa história também no You Tube.
http://www.youtube.com/watch?v=UEJcPsLi2E4